sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Caso Renan Calheiros rumo ao terceiro processo

Política

O presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL), será alvo de mais uma investigação na Corregedoria do Senado. O responsável pelo órgão, Romeu Tuma (DEM-SP), vai apurar a denúncia de que o senador usou ‘laranjas’ para comprar veículos de comunicação em Alagoas. O caso já é objeto de representação do DEM e do PSDB à Mesa Diretora, que decide nos próximos dias se a encaminha ao Conselho de Ética.

Tuma disse que vai pedir ao ministro das Comunicações, Hélio Costa, todos os documentos da empresa JR Radiodifusão. Pivô da nova denúncia contra Renan, o grupo de comunicação alagoano está registrado no nome do filho do senador, Renan Calheiros Filho.

O pedido de concessão de uma das rádios do grupo foi aprovado pela Comissão de Ciência e Tecnologia do Senado em julho, quando Renan já respondia ao primeiro processo por quebra de decoro parlamentar, suspeito de ter recebido dinheiro de lobista ligado à empreiteira Mendes Júnior para pagar pensão à jornalista Mônica Veloso. O senador alegou que não se envolve em aprovação de concessões e que apenas faz o despacho das decisões tomadas pelas comissões técnicas da Casa.

O outro processo que corre no Conselho de Ética apura a ligação entre o parlamentar e a cervejaria Schincariol, que teria comprado uma fábrica do irmão do senador, Olavo Calheiros, a valores superfaturados. Em troca, Renan teria influenciado o INSS a não aplicar multas à cervejaria.

Discurso não tem efeito no Senado - O senador Renato Casagrande (PSB-ES) disse que o discurso feito ontem por Renan Calheiros muda a imagem do presidente da Casa diante dos colegas. “Ele não respondeu às denúncias”, explicou Casagrande, que é um dos relatores do processo no Conselho de Ética que investiga se houve ajuda de lobista para pagar pensão à jornalista Mônica Veloso.

A Justiça de Alagoas decidiu ontem investigar Idelfonso Antônio Tito Uchôa Lopes, primo do presidente do Senado. Ex-delegado regional do Trabalho, Tito vai responder a ação por suposto desvio de verba pública, em um esquema suspeito de direcionar licitações, fraudar contratos e superfaturar preços. O primo de Renan Calheiros também é acusado de ser ‘laranja’ do senador na compra de emissoras de rádio em Alagoas. (O Dia Online)

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