Bangcoc, 16 mai (EFE).- A Junta Militar de Mianmar (antiga Birmânia) vetou um dos advogados da líder da oposição, Aung San Suu Kyi, para que a defenda das acusações de violação à prisão domiciliar contra ela, após um americano ter entrado na casa da opositora, informou hoje o advogado Aung Thein.
Thein disse que a revogação de sua licença aconteceu ontem, um dia depois de a Nobel da Paz ser presa por violar as condições da prisão domiciliar à qual está submetida há seis anos.
Aung Thein foi na quinta-feira à penitenciária de Insein, onde está Suu Kyi, para defendê-la das acusações contra ela, depois que a própria pediu a presença de Thein entre seus advogados. Um dia depois, ocorreu a anulação de sua licença.
A Junta que governa Mianmar com mão de ferro ignorou a crescente pressão internacional para que liberte à militante pró-democracia, de 63 anos e em precário estado de saúde.
Estados Unidos, União Europeia, Reino Unido, Austrália, Nova Zelândia, Japão, Indonésia e Cingapura, assim como organizações lideradas pela ONU, Anistia Internacional e Human Rights Watch, pediram, sem sucesso, a libertação de Suu Kyi.
A única reação aparente do regime militar birmanês diante do encarceramento de Suu Kyi é a mobilização de pessoal do lado de fora da penitenciária de Insein, nos arredores de Yangun, para vigiar todos que passam pela área.
Suu Kyi e as duas mulheres que cuidam dela há anos - mãe e filha -, são acusadas de graves crimes que, no caso da líder birmanesa, poderiam levar a até cinco anos de prisão.
O julgamento começará na próxima segunda-feira na penitenciária, no qual também será julgado o americano John William Yettaw, que entrou na casa de Suu Kyi em 3 de maio, após atravessar nadando o lago que cerca a casa da opositora e burlar a vigilância militar. EFE
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL1128425-5602,00-JUNTA+MILITAR+BIRMANESA+VETA+ADVOGADO+DE+LIDER+OPOSITORA.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário