quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Obama defende ensino da teoria da evolução nas escolas americanas






Da EFE





(embargada até às 14h, horário de Brasília)



Londres, 24 set (EFE).- O candidato democrata à Presidência dos Estados Unidos, Barack Obama, defende o ensino da teoria da evolução sobre a origem da humanidade nas escolas públicas de seu país e afirma que os estudantes não deveriam ser confundidos com outras hipóteses não-científicas.


Obama expressa esta opinião em uma entrevista incluída na edição desta semana da revista britânica "Nature", que é dedicada exclusivamente às eleições nos EUA e que destaca as posições dos dois candidatos em assuntos científicos.


Enquanto o candidato democrata concordou em responder às perguntas da publicação sobre vários temas, desde a mudança climática até as pesquisa com células-tronco, o republicano John McCain se recusou a fazer isto, o que fez com que a revista tenha decidido extrair suas opiniões de seus discursos anteriores e de seu programa de Governo.


"Acredito na evolução e compartilho o amplo consenso da comunidade científica de que a evolução foi validada cientificamente", afirma Obama à "Nature".


"Não acho que seja útil para nossos estudantes obscurecer os debates sobre ciência com teorias não-científicas como o design inteligente, que não estejam submetidas à apuração experimental", prossegue.


Já McCain acredita na evolução, mas, como disse em um debate, quando vê o pôr-do-sol no cânion do Colorado vê também "a mão de Deus".


Em entrevista em 2005 disse que "todos os pontos de vista" sobre a origem da humanidade deveriam ser ensinados nas escolas.


Obama afirmou que suspenderia o veto imposto pelo atual presidente, George W. Bush, ao financiamento público da pesquisa com células-tronco, as quais avalia serem cruciais para o desenvolvimento da medicina.


McCain votou pessoalmente contra a proibição de Bush, mas afirmou posteriormente que apóia esta pesquisa, desde que não sejam sacrificados "princípios éticos e valores morais". Sua vice, Sarah Palin, se opõe a estas experiências.


Quanto à energia e ao meio ambiente, o democrata afirma que não se pode descartar a energia nuclear como substituta do combustível fóssil, mas garante que não autorizaria uma grande expansão sem antes resolver as dúvidas sobre o armazenamento de resíduos.


Já McCain propõe construir 45 novas usinas até 2030, embora sua meta final sejam 100.


Quanto à mudança climática, ambos afirmam que os EUA devem assumir a liderança internacional, mas apenas Obama acredita que seu país deva tomar medidas internas à parte do que venham a fazer economias emergentes como China e Índia.


O senador por Illinois tem como objetivo reduzir as emissões de carbono para até 80% a menos que os níveis de 1990 até 2050 e defende um sistema de concessões para as empresas semelhante ao europeu, mas através de leilão, de modo que os lucros possam ser revertidos para fontes de energia limpas.


Já McCain propõe reduzir as emissões para 60% dos níveis de 1990 até 2050 e primeiro concederia permissões gratuitamente às empresas, para depois passar a um sistema de leilões. EFE





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