Bolívia
LA PAZ, 22 SET (ANSA) - Milhares de campesinos partidários do presidente boliviano, Evo Morales, avançam rumo a Santa Cruz dispostos a tomar a principal praça da capital desse departamento a fim de obrigar os governos de oposição a aceitar a convocação para o referendo da nova Constituição.
O secretário de Justiça da Federação Campesina da Bolívia, Jorge Guarachi, informou que os trabalhadores rurais tomarão a praça de Santa Cruz para "repudiar as agressões às Forças Armadas, à polícia e às entidades estatais".
O governador de Santa Cruz, Rubén Costas, um dos principais opositores a Morales, disse que os campesinos serão recebidos "de braços abertos, como temos feito com os bolivianos que vivem em nossa terra, e com a firme convicção de que estamos apostando em um processo de paz".
O ministro de Governo, Alfredo Rada, informou que a polícia não será deslocada para interceptar a ação dos campesinos bolivianos. "Não vamos cair em provocações. Não vamos enviar força pública porque isso seria provocação e geraria mais violência".
Isaac Avalos, da Conferência de Campesinos, declarou que suas bases "não permitirão" que os governadores opositores que negociam com o governo em Cochabamba "impeçam a convocação do referendo".
O presidente Morales disse que "meu grande desejo é terminar esse diálogo, sobretudo com acordos que conciliem as autonomias [dos departamentos] e a nova Constituição".
Apesar da pressão dos campesinos, o governador de Tarija, Mario Cossío, disse que "não podemos assinar às cegas um compromisso para facilitar a convocação do referendo de um projeto de Constituição que nem conhecemos".
Governo e oposição já assinaram pré-acordos para a incorporação das autonomias departamentais ao projeto da nova Constituição.
"Assim que o texto constitucional incorporar a autonomia departamental plena, não teremos inconvenientes em acompanhar o governo", declarou Cossío.(ANSA)
www.ansa.it/ansalatinabr/notizie/notiziari/bolivia/20080922161634734059.html
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