SAFRAS (25) - O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, disse na noite desta quarta-feira que "a economia toda está em perigo", durante pronunciamento em rede nacional de televisão tentando convencer o Congresso a aprovar o pacote que prevê US$ 700 bilhões para o combate à crise no setor financeiro.
Bush defendeu que o plano não servirá para salvar apenas companhias individuais, mas para proteger toda a economia do país. Segundo Bush, os Estados Unidos poderiam experimentar uma recessão "longa e dolorida" se o Congresso não agir rapidamente. "Sem uma ação imediata do Congresso, a América pode cair em uma situação de pânico financeiro", sublinhou.
Neste cenário, o presidente salientou que republicanos e democratas devem trabalhar juntos para superar a crise e confirmou o convite para os candidatos à presidência Barack Obama, do Partido Democrata, e John McCain, do Partido Republicano, para um debate na Casa Branca nesta quinta-feira, dizendo que a estabilidade e a confiança no sistema financeiro e nas instituições é "essencial para a economia" do país. Ambos já confirmaram a presença no encontro.
Para Bush, o governo deve agir imediatamente para proteger a economia, combatendo a causa principal das turbulências financeiras, ou seja, retirando os ativos lastreados em hipotecas, que perderam liquidez, do sistema. Segundo Bush, sua disposição era não concordar com uma intervenção do Estado na economia, mas que desta vez o país não está em circunstâncias normais. "Não temos outra opção a não ser intervir", afirmou, explicando que a situação envolve uma "crise de confiança" que pode afetar a economia como um todo, com a restrição no crédito, a perda de empregos e o fechamento de muitas pequenas empresas. Bush analisou ainda que "quando a situação se normalizar", os norte-americanos irão pagar seus empréstimos e, assim, o dinheiro do pacote deve retornar ao Tesouro e ao contribuinte.
Na segunda-feira, em nota divulgada pela Casa Branca o presidente pressionou o Congresso do país a aprovar rapidamente as medidas para combater a crise financeira. "Obviamente, haverá divergências sobre alguns detalhes e nós teremos que trabalhar neles. Mas não seria compreensível se os membros do Congresso norte-americano tentassem usar essa legislação de emergência para passar outras disposições ou insistir em disposições que prejudicariam a eficácia do plano".
Bush disse que os norte-americanos e o mundo todo "estão observando para ver se os democratas e republicanos, se o Congresso e a Casa Branca, podem se unir para resolver este problema com urgência" e que a falta de rapidez na legislação traria prejuízos para além de Wall Street. As informações são da agência Leia.
http://ultimosegundo.ig.com.br/economia/safra/2008/09/25/economia_governo_americano_nao_tinha_outra_opcao_a_nao_ser_intervir__bush_1937449.html
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