quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Lula descarta retrocesso após perda da CPMF

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou hoje, em entrevista gravada para emissoras de rádio e TV, que a sociedade brasileira deve ficar tranqüila, que o governo não tomará medidas para compensar a perda de arrecadação com o fim da CPMF que signifiquem retrocesso nas conquistas do País. "Todo mundo sabe que tenho ojeriza à palavra pacote, porque o Brasil, ao longo de décadas, fez dezenas de pacotes que não deram em nada", afirmou. "Prefiro tomar medidas individuais, cada uma no momento certo, conversando com os interlocutores para que a gente possa acertar", acrescentou.

Segundo Lula, todos têm clareza de que a perda de R$ 40 bilhões, valor estimado com a arrecadação da CPMF, é um problema para o governo. "Vamos encontrar com tranqüilidade um jeito para suprir aquilo que o Estado não tem condições de arrecadar, mas sempre conversando com as pessoas", disse.

Na avaliação do presidente, o Brasil está "infinitamente melhor" do que na época em que assumiu o governo. "O presidente que me suceder terá ainda mais tranqüilidade para trabalhar", acrescentou.

Lula fez um apelo para que os partidos da oposição e da base do governo negociem propostas que beneficiam o País. "É importante que todo mundo tenha bom senso e compreensão e não permita que, em hipótese alguma, as divergências políticas e partidárias atrapalhem o País", afirmou.

Na avaliação do presidente, o Brasil não vive mais períodos de instabilidade na economia. "Ninguém se assusta mais com nossas divergências, e ninguém mais fala em fuga de capitais, crise econômica, desastre e quebra do País", observou. Lula chegou a comparar o momento que o Brasil atravessa a uma casa onde toda a família tem trabalho e salário. "Assim é possível sentar à mesa e discutir o presente e a ceia de Natal", disse.

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