quarta-feira, 17 de junho de 2009

Investigador francês diz que Brasil negou acesso a autópsias







Patologista enviado ao Brasil não teria sido autorizado a participar dos exames no IML de Recife

Reuters


PARIS - O chefe da investigação do acidente com o avião da Air France disse nesta quarta-feira, 17, que está descontente pelo fato de um patologista francês não ter obtido permissão para tomar parte nas autópsias realizadas pelo Brasil nos corpos recuperados após a queda da aeronave. A Secretaria de Defesa Social de Pernambuco, que coordena os trabalhos de identificação dos corpos, negou as alegações.

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Paul-Louis Arslanian, chefe da agência BEA, encarregada de investigar o acidente, pediu cautela nas especulações quanto às causas do desastre, mas disse que os peritos estão chegando um pouco mais perto de compreender o que aconteceu.


"Estamos chegando um pouco mais perto de nossa meta, mas não me perguntem qual é a porcentagem de esperança", disse Arslanian em uma coletiva de imprensa, enfatizando que as condições em uma área remota do oceano estão entre os maiores desafios na investigação do acidente aéreo.


Ele disse que um patologista francês enviado ao Brasil não tinha sido autorizado a participar das autópsias dos corpos recuperados e a França não teve acesso aos resultados.


Durante sua entrevista televisionada, ele se negou a falar mais sobre o assunto, mas depois foi pressionado por repórteres a dizer se estava insatisfeito com a falta de acesso do médico francês às autópsias.


"Não estou contente. No fim, espero obter uma explicação. No momento isto é um fato e nada mais. Por favor, não tentem criar problemas entre a França e o Brasil", afirmou ele.


Procurada pela Reuters, a Secretaria de Defesa Social de Pernambuco negou as alegações. Segundo sua assessoria de imprensa, quatro peritos indicados pela embaixada francesa tês acesso aos trabalhos de identificação dos corpos na condição observadores, conforme acertado entre o Itamaraty e a embaixada francesa.


"Essa declaração nos pegou de surpresa", disse um assessor da secretaria, que coordena os trabalhos de identificação dos corpos no Instituto Médico Legal (IML) do Recife.






www.estadao.com.br/noticias/geral,franca-diz-que-brasil-negou-acesso-a-autopsias-de-corpos,388701,0.htm

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