Moscou, 5 mai (EFE).- As autoridades russas negaram as acusações do presidente georgiano, Mikhail Saakashvili, sobre o envolvimento da Rússia no motim de um batalhão de blindados sufocado hoje a 30 quilômetros de Tbilisi.
"A Rússia não se intromete, por princípio, nos assuntos internos da Geórgia", declarou a Chancelaria russa, que tachou de "absurdas" as suposições de que poderia estar tentando "derrubar" o Governo de Saakashvili utilizando o Exército georgiano.
O vice-ministro de Exteriores russo, Grigori Karasin, qualificou de "delirantes" as acusações de Tbilisi e denunciou que "a direção georgiana tenta culpar a Rússia e as Forças Armadas russas por seus problemas internos".
O presidente georgiano advertiu hoje à Rússia que se "abstenha de ações provocadoras", após denunciar que, nas últimas semanas, Moscou triplicou suas tropas junto às fronteiras da Geórgia e mobilizou sua frota do Mar Negro.
"Este é um passo provocador e perigoso, para, em caso de desordens na capital georgiana, empreender ações contra a soberania e a integração euro-atlântica e europeia da Geórgia", afirmou Saakashvili.
Ressaltou que o motim ocorreu justamente na véspera do começo de manobras da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) em território georgiano, às quais a Rússia se opõe, e da cúpula da União Europeia, em Praga, para iniciar um novo programa de aproximação aos países ex-soviéticos, incluindo a Geórgia.
No entanto, Karasin disse que "as últimas acusações apresentadas à Rússia só mostram a imaginação doentia e a atitude irresponsável dos dirigentes georgianos". EFE
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