Moeda norte-americana fechou o dia em baixa de 2%, a R$ 2,068.
Valor é o menor desde o início de outubro do ano passado.
O dólar registrou nova queda perante o real nesta sexta-feira (8), fechando no menor patamar em sete meses por conta de uma forte entrada de recursos no mercado doméstico e do bom humor externo.
Nem um leilão de compra de dólares no mercado à vista realizado pelo Banco Central foi suficiente para conter a cotação da divisa. O dólar comercial fechou em baixa de 2,03%, a R$ 2,068, menor nível desde o início de outubro de 2008. Foi o primeiro leilão desse tipo desde 10 de setembro de 2008.
Segundo analistas, uma forte entrada de recursos provocou a queda do dólar. Eles acreditam que, se as perspectivas permanecerem otimistas, é provável que a autoridade monetária realize mais leilões de compra no mercado à vista.
Situação global
Como pano de fundo, as bolsas de valores nos Estados Unidos e no Brasil operavam em alta até o momento de encerramento das operações no mercado de câmbio.
"O que acontece é uma antecipação da melhora (da situação global). Os investidores entram agora para buscar rentabilidade (no futuro)", avaliou Marcos Trabbold, operador de câmbio da B&T Corretora. "Mas de resolvido lá fora, não tem nada ainda. O cenário ainda é negativo."
Dados divulgados pelo governo dos Estados Unidos nesta sexta mostraram uma desaceleração no corte de empregos no país no mês de abril. O ritmo de redução foi o menor desde outubro do ano passado. A taxa de desemprego, entretanto, subiu para 8,9%, maior nível desde setembro de 1983.
Captação de recursos
O movimento é reforçado pelas captações feitas pelo governo brasileiro: na quinta-feira, foi anunciada a reabertura de uma captação de US$ 750 milhões por meio do bônus Global 2019, com rendimento de 5,80% ao ano.
"O Brasil anunciou uma captação externa soberana, aumentando a expectativa de mais entrada de dólares", considerou Mario Paiva, analista de câmbio da Corretora Liquidez.
Fontes de mercado disseram que a expectativa inicial era de emissão de US$ 500 milhões, mas a forte demanda, estimada em mais de US$ 3 bilhões, levou o Brasil a ampliar a oferta.
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