Obama aprova legislação que garante salário igual a homens e mulheres que ocupam as mesmas funções nos Estados Unidos
WASHINGTON - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, assinou ontem sua primeira lei desde que assumiu o cargo, a de Igualdade Salarial. O ato coroou a luta de Lilly Ledbetter, 70 anos, para ter condições salariais iguais às de homens da empresa em que trabalhou. Através de processo contra a companhia, ela provocou a mudança na legislação americana. O texto facilitará ainda os processos judiciais sobre salários discriminatórios relacionados a idade, raça, religião ou país de origem.
Obama assinou a lei, batizada com o nome da trabalhadora, acompanhado do vice-presidente, Joseph Biden, da secretária de Estado, Hillary Clinton, e da própria Ledbetter, que se emocionou ao receber aplausos. Ela também ganhou abraços do presidente e da primeira-dama, Michelle Obama.
Ledbetter foi supervisora da empresa de pneus Goodyear Tire and Rubber Company em Gadsden, Alabama, por 19 anos. Pouco antes de se aposentar, soube que, durante 15 anos, a empresa pagou a ela 40% menos do que pagava aos homens que faziam trabalho semelhante.
A ex-supervisora entrou com um processo e ganhou, mas a Suprema Corte americana, na época da administração Bush, rejeitou a ação, alegando que a queixa demorou muito para ser apresentada. Segundo a corte, a mulher devia ter entrado com o processo em um prazo de 180 dias desde o primeiro cheque “discriminatório” que recebeu. Ao assinar a lei, Obama suprimiu a decisão.
Para democrata, lei garante justiça familiar
Durante a solenidade, Obama elogiou Ledbetter, uma mulher que “trabalhou duro e bem” e que, no entanto, ganhou menos cerca de 200 mil dólares em relação aos homens em 20 anos. Ele explicou que a reivindicação de Ledbetter não é um tema feminista, mas de justiça familiar.
Ontem, Obama também se envolveu em polêmica: o jornal britânico ‘The Guardian’ afirmou que seu governo está preparando carta para o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, que enviou ao americano bilhete depois das eleições. A Casa Branca negou.
No mesmo dia, americano de 20 anos que enviou e-mail ao FBI dizendo que mataria Obama foi indiciado, mas responderá em liberdade.
http://odia.terra.com.br/mundo/htm/igualdade_agora_e_lei_226666.asp
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