Mercado financeiro volta a registrar forte queda em todo o mundo.
Indicadores negativos da economia americana agravam preocupação.
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) segue em forte queda desde que retomou as negociações às 15h desta quarta-feira (15). Após retomada, o índice Ibovespa aprofundava sua queda: às 17h13, registrava baixa de 13,85%, operando aos 35.809 pontos.
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O pregão da Bovespa - que termina diariamente às 17h - será prorrogado até as 17h30, segundo a Bovespa. Nessa meia hora de prorrogação, no entanto, não há "circuit breaker", mesmo que a baixa supere 15%.
A prorrogação ocorreu porque hoje é dia de vencimento do contrato de opções sobre o Ibovespa, quando é necessário registrar as três últimas horas de pregão da bolsa. Como as negociações foram interrompidas por trinta minutos, eles serão compensados com a prorrogação.
Parada
A queda de 10% da cotação do índice Ibovespa - principal indicador da bolsa paulista - gerou o acionamento do "circuit breaker" às 14h25, mecanismo que controla a oscilação dos indicadores: quando o sistema registra desvalorização de 10%, os negócios são interrompidos automaticamente.
Pelas regras da Bovespa, os negócios devem ser retomados meia hora após sua interrupção. Se, após a retomados os negócios, a queda atingir 15%, as operações são novamente paralisadas, desta vez por uma hora. Desde o dia 29 de setembro, o mecanismo "circuit breaker" foi acionado cinco vezes.
Mau humor
O desempenho negativo da bolsa ocorre sob influência do pessimismo dos mercados globais com a possibilidade de recessão nas principais economias.
O humor dos investidores foi afetado pelas declarações da presidente do banco central norte-americano (Fed, na sigla em inglês) de San Francisco, Janet Yellen, que afirmou que os EUA 'parecem estar em recessão'. Segundo ela, "Os dados econômicos recentes sugerem que a economia está mais fraca que o previsto para o terceiro trimestre, sinal provável de que essencialmente não houve crescimento algum".
Dados da economia americana divulgados nesta quarta-feira aumentaram as preocupações. As vendas do varejo recuaram 1,2% em setembro, para US$ 375,5 bilhões, ante dado revisado de queda de 0,4% em agosto. Além disso, os preços no atacado dos EUA caíram 0,4% no mês.
Na Europa, as indicações também são negativas. O BC francês mostrou que o Produto Interno Bruto (PIB) caiu 0,1% no terceiro trimestre de 2008, o que confirma que a segunda maior economia da Eurozona está em recessão. O PIB francês registrou forte baixa de 0,3% no segundo trimestre.
Na Alemanha, a chanceler Angela Merkel advertiu que o crescimento econômico do país deve registrar desaceleração, como uma conseqüência da crise financeira. "Devemos prever que o crescimento na Alemanha se desacelere", disse ela.
Panorama no exterior
O medo de recessão faz com que as principais bolsas operem em baixa no exterior. Nos EUA, por volta das 15h, o índice-referência para o mercado de Nova York, o industrial Dow Jones, registrava baixa de 5,9%.
Na Europa, o índice DAX, de Frankfurt, teve queda de 6,49% no fechamento. Londres e Paris tiveram baixa, respectivamente, de 7,16% e 6,82%, respectivamente.
Na Ásia, o quadro não foi diferente. A Bolsa de Tóquio foi a única a registrar alta, de 1,06%. Os demais mercados registraram queda: Hong Kong perdeu 5%, Xangai 1,12%, Taipé 0,86%, Seul 2% e Sydney 0,8%
http://g1.globo.com/Noticias/Economia_Negocios/0,,MUL800192-9356,00-BOVESPA+TEM+FORTE+QUEDA+E+PREGAO+SERA+ESTENDIDO+EM+MEIA+HORA.html
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