COCHABAMBA, Bolívia (AFP) — O governo do presidente Evo Morales e os líderes dos departamentos rebeldes estavam na noite deste sábado próximos de firmar um acordo parcial para pacificar a Bolívia, pondo fim aos protestos que já provocaram 19 mortes.
"Um acordo pode sair ainda esta noite", já que duas das três comissões técnicas de trabalho "vão divulgar suas propostas", disse o porta-voz do governo, Iván Canelas, em entrevista coletiva na cidade de Cochabamba, onde ocorrem as negociações.
Canelas se referia às duas comissões que analisam a redistribuição do imposto arrecadado com o petrólero, as autonomias regionais e a aprovação da nova Constituição; em pleno funcionamento.
Uma terceira comissão, sobre a eleição de autoridades judiciais e eleitorais, ainda não iniciou seu trabalho.
Segundo Canelas, o acordo deve ser firmado por Morales, pelos governadores rebeldes Rubén Costas (Santa Cruz), Mario Cossío (Tarija) e Ernesto Suárez (Beni); e por um representante do governador Savina Cuéllar (Chuquisaca), a partir do que já foi acertado nas duas comissões em atividade.
Outras questões polêmicas serão "submetidas a negociações" por mais alguns dias, disse o porta-voz, destacando que o já acertado será apresentado aos mediadores internacionais que acompanham as tratativas.
O diálogo em Cochabamba é supervisionado pelo secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, pelo ex-chanceler chileno Juan Gabriel Valdez (Unasul) e por diplomatas e representantes da União Européia e da ONU, além de dignitários das igrejas católica e protestante.
http://afp.google.com/article/ALeqM5iSJ09oyFnxLiYipyqt7CACjWehIg
Nenhum comentário:
Postar um comentário