Do Valor OnLine
SÃO PAULO - Os mercados brasileiros tiveram mais um dia positivo na quarta-feira. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) confirmou os ganhos da terça-feira, retomando os 57 mil pontos. O dólar voltou a subir ante o real e os juros futuros longos continuaram recuando dada a divulgação de mais um indicador de preço confirmando redução nas pressões inflacionárias.
Em Wall Street, o dia começou com ares de realização de lucros depois que o Dow Jones teve alta de 2,49% na terça-feira. Contribuindo para tal visão, foi apresentada uma série de resultados trimestrais negativos, como o da financeira hipotecária Freddie Mac, que teve prejuízo de US$ 821 milhões no segundo trimestre, pior do que o esperado.
No entanto, o petróleo em leve baixa foi suficiente promover algumas compras, puxando uma elevação de 0,35% para o Dow Jones. Na bolsa eletrônica Nasdaq, a valorização foi de 1,21%.
Por aqui, um breve sinal de recuperação no preço de algumas commodities e resultados trimestrais positivos mantiveram o humor do investidor. O Ibovespa encerrou com aumento de 1,90%, aos 57.542 pontos, com giro financeiro em R$ 5,43 bilhões.
Destaque para as ações da Vale, que subiram 1,85%, para R$ 36,71. O papel subiu mais no after market depois que a companhia reportou lucro líquido de US$ 5 bilhões para o segundo trimestre, crescimento de 22,3% no comparativo anual, tomando por base o padrão contábil norte-americano.
Forte alta também para o ativo PN da Petrobras, que ganhou 3,41%, para R$ 33,30. Parte da elevação é atribuída aos rumores de que o governo desistiu de criar uma nova estatal para administrar os recursos do pré-sal.
O mercado não recebia bem tal possibilidade temendo o uso político da nova estatal, que já tinha sido batizada de petrossauro , pois o aceno de membros do governo era de que a empresas serviria de reduto para os quadros do PMDB, partido do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão.
No câmbio, o desmanche de posições compradas no mercado futuro foi apontando como causa de valorização da moeda estrangeira.
Depois de subir sua posição comprada em mais de US$ 5 bilhões durante o mês de julho, os estrangeiros estariam desfazendo parte dessas operações. Para fazer isso, eles compram dólar na BM & F e quem vende são os bancos, que atuam no mercado físico.
Após ensaiar baixa na abertura dos negócios, o dólar comercial fechou o dia com apreciação de 0,25%, transacionado a R$ 1,576 na compra e R$ 1,578 na venda. Na máxima, a divisa testou R$ 1,583.
Na roda de pronto da Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM & F) a moeda avançou 0,06%, para R$ 1,5765. O volume financeiro somou US$ 195,25 milhões, cerca de metade do observado um dia antes.
Os juros futuros mantêm a estrutura dos últimas dias, com o recuo nos vencimentos longos apoiado na perspectiva de melhora inflacionária e política monetária mais austera no curto prazo.
Contribuindo para a visão de que o pico da inflação ficou para trás, o o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) recuou de 1,89% em junho para 1,12% em julho.
Ao final do pregão, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento para janeiro de 2010, o mais negociado, fechou com baixa de 0,07 ponto, a 14,63% ao ano. O vencimento janeiro 2011 perdeu 0,02 ponto, para 14,21%, e janeiro 2012 avançou 0,02 ponto, para 13,85%.
Entre os contratos curtos, o vencimento para setembro de 2008 teve alta de 0,02 ponto, para 12,88%. Outubro de 2008 caiu 0,01 ponto, para 13,08. Novembro de 2008 subiu 0,01 ponto, para 13,30%, e janeiro de 2009 declinou 0,02 ponto, a 13,74%.
Até as 16h15, antes do ajuste final de posições, foram negociados 590.015 contratos, equivalentes a R$ 49,07 bilhões (US$ 31,19 bilhões). O vencimento de janeiro de 2010 foi o mais negociado, com 295.015 contratos, equivalentes a R$ 24,33 bilhões (US$ 15,47 bilhões).
(Eduardo Campos | Valor Online)
http://g1.globo.com/Noticias/Economia_Negocios/0,,MUL714874-9356,00-MERCADOS+BOVESPA+TEVE+NOVO+DIA+DE+ALTA+E+DOLAR+SUBIU+ANTE+O+REAL.html
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