Depois de 21 dias
Funcionários realizaram assembléia em frente à Catedral da Sé, no centro de São Paulo
SÃO PAULO - No primeiro dia após o término da greve dos Correios, que durou 21 dias, a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresa de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) informou que os funcionários darão início a um mutirão para colocar em dia a entrega das cerca de 130 milhões de encomendas atrasadas.
A expectativa é de que em pelo menos dez dias a situação de correspondências acumuladas seja normalizada. Os carteiros de Minas Gerais são os únicos que deram continuidade à paralisação na manhã desta terça-feira.
De acordo como diretor de Assuntos Parlamentares do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios do DF (Sintect), Ruinatan Lopes de Souza, já está organizado um esquema especial no qual os funcionários trabalharão duas horas a mais por dia de segunda a sexta-feira e farão hora extra aos sábados.
Em São Paulo a greve teve 11% de adesão, número relativamente baixo se comparado a outras localidades, segundo informou a assessoria de imprensa da agência Central dos Correios, no centro da capital paulista. “As agências operam normalmente. Ao final desta semana, após uma avaliação do andamento da movimentação nos Correios é que será decidido se caberá ou não alguma medida especial para colocar em dia a entrega de encomendas estacionadas” informou a assessora.
Para a paulistana Vivian Lobato, 21, estudante da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, o término da paralisação dos funcionários dos Correios é positiva. “Meu caso é apenas um entre os outros milhares por todo o Brasil. Tive contas atrasadas, inclusive o boleto da faculdade, e precisei recorrer à internet para resolver a situação dos pagamentos”, explica. “O fim da greve também é de vitória para os carteiros, uma vez que houve a conquista de muitas das reivindicações. Para nós é importante que dentro de alguns dias a entrega das cartas seja normalizada”, complementa Vivian.
Vitória
Depois de 21 de greve, os funcionários dos Correios conseguiram aumento de 30% do salário dos carteiros e um aumento de R$ 260,00 para motoristas e atendentes, informou a Fentect. Também está programada a negociação do plano de cargos e salários dentro de no máximo 90 dias. Caberá discussão no Tribunal Superior do Trabalhador (TST) o que não estiver de comum acordo entre a empresa e funcionários.
O período de paralisação será descontado de um banco de horas.
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