Estimativa da rede ABC indica virada de senador sobre Hillary na preferência dos delegados designados pela cúpula do Partido Democrata
Ap e Reuters
Em mais um sinal de que a disputa presidencial democrata está no fim, o senador Barack Obama conseguiu ontem o apoio de nove superdelegados - membros do partido com direito à voto na convenção nacional. De acordo com algumas projeções, ele ultrapassou sua adversária, a senadora Hillary Clinton, na contagem de superdelegados e aumentou sua vantagem no placar geral de delegados.
Segundo a rede de TV ABC, Obama tem agora 267 superdelegados, enquanto Hillary conta com 265. A Associated Press e o jornal New York Times ainda mantêm a senadora à frente, mas pela margem mínima de 1 superdelegado. De acordo com a CNN, Hillary tem 4 a mais: 272 a 268.
Entre os nove partidários que declararam apoio a Obama ontem está Donald Payne, deputado de New Jersey, que apoiava Hillary e trocou de lado. A rápida debandada de superdelegados para o lado do senador é uma péssima notícia para Hillary. Como nenhum dos candidatos conseguirá a maioria de 2.025 votos apenas com delegados eleitos nas primárias, ambos precisarão dos superdelegados para garantir a nomeação.
Na contagem da CNN, Obama liderava o placar geral com 164 delegados (1.860 a 1.696). Pela estimativa da ABC, o senador tinha 170 delegados a mais (1.862 a 1.692). Embora sejam levemente diferentes, todas as projeções mostram que Obama precisaria de aproximadamente mais 160 delegados para garantir a vitória matemática sobre Hillary. Numa tentativa desesperada de evitar as deserções, ela pediu calma ontem a seus superdelegados e voltou a dizer que continua na disputa.
À VENDA
Steven Ybarra, membro da direção nacional do partido e um dos quase 800 superdelegados democratas, anunciou ontem que seu voto na convenção nacional está à venda por US$ 20 milhões. Ybarra afirmou que pretende usar o dinheiro para fazer campanha e registrar eleitores latinos, que segundo ele serão essenciais nas eleições gerais de novembro. "Eu não sou maluco. Loucos são os dirigentes do partido, que estão ignorando o eleitorado latino no sudoeste dos EUA", disse em entrevista à rede de TV CBS.
Steven Ybarra, membro da direção nacional do partido e um dos quase 800 superdelegados democratas, anunciou ontem que seu voto na convenção nacional está à venda por US$ 20 milhões. Ybarra afirmou que pretende usar o dinheiro para fazer campanha e registrar eleitores latinos, que segundo ele serão essenciais nas eleições gerais de novembro. "Eu não sou maluco. Loucos são os dirigentes do partido, que estão ignorando o eleitorado latino no sudoeste dos EUA", disse em entrevista à rede de TV CBS.
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