sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Depois de 16 dias, Caixa reabre hoje



Trabalhadores e patrões acertam reajustes que chegam a 12%

Rio - Após 16 dias parados, os funcionários da Caixa Econômica Federal voltam hoje ao trabalho. A decisão foi tomada ontem pela categoria em assembleia, depois de a instituição estatal oferecer reajuste de 7,5%, para quem ganha acima do piso, e 12%, para quem recebe o mínimo no banco, percentual acima do fechado pela Federação Nacional dos Bancos.

Dos cerca de 700 bancários presentes na reunião de ontem, aproximadamente 680 votaram a favor da volta ao trabalho, segundo o Sindicato dos Bancários do Rio. A greve já estava encerrada em praticamente todo o País. Apenas alguns grupos ainda permaneciam parados, como os funcionários da Caixa no Rio.

Pagamento de PLR

Apesar de as exigências não terem sido todas atendidas, dirigentes consideram que a greve alcançou seu êxito. Além de conseguir o reajuste, os trabalhadores tiveram a garantia de que serão discutidas questões como segurança. Segundo José Ferreira, vice-presidente do sindicato, o aumento diferenciado para o piso vai voltar à pauta na negociação salarial de 2011.

O presidente da entidade sindical, Almir Aguiar, ficou satisfeito com a adesão dos bancários. “A greve foi muito positiva, a maior dos últimos 20 anos em mobilização. A pressão foi grande, e os banqueiros tiveram que negociar”, disse. Como parte do acordo, no dia 29, a Caixa vai realizar o pagamento da participação nos lucros, segundo o estabelecido na negociação da Fenaban com o sindicato para o fim da greve.

Dia sem grandes filas nas agências

No dia em que funcionários de bancos privados e do Banco do Brasil voltaram ao batente, o movimento foi tranquilo nas agências. A vendedora Ana Flávia Camelo, 29 anos, foi ao banco Itaú e conseguiu pagar suas contas sem problemas: “Hoje, não tinha fila, mas, segunda-feira, estava insuportável”.

Já a assistente financeira Ana Cristina Borges, 36 anos, foi à Caixa para tentar sacar seu FGTS e saiu de mãos vazias. “Essa greve foi um transtorno para mim. Imagina o que é ver suas contas vencendo e você não poder pagar porque não consegue sacar um dinheiro que é direito seu”, protestou.


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Um comentário:

Domingos Teixeira Costa disse...

João Bosco Maia disse...
Estive já por aqui e cá estou outra vez. Belo espaço para as letras, para a poesia, para o pensamento... para tornarmos mais claros nossos caminhos! Ao mesmo tempo em que te mobilizo para removermos este triste índice de 2 livros/ano por leitor brasileiro (na Argentina são dezoito livros/ano),
te convido a conhecer meus romances. Em meu blog, três deles estão disponíveis inclusive para serem baixados “de grátis”, em formato PDF.
Um grande abraço e boa leitura!

16 de outubro de 2010 13:51