Líder tucano foi à tribuna para pedir licenciamento do presidente.
Decisão foi adotada durante reunião nesta terça-feira.
José Sarney (PMDB-AP) ao chegar nesta terça (30) ao Senado (Foto: Roosewelt Pinheiro/Agência Brasil)
Acompanhando a postura adotada pelo DEM nesta terça-feira (30), o líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM), anunciou a decisão da bancada de pedir oficialmente o afastamento do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).
"O PSDB considera inviável a permanência do presidente Sarney no comando da Casa. Por isso o partido pede o seu licenciamento", afirmou Virgílio, da tribuna.
Virgílio relatou que o presidente do PSDB, Sérgio Guerra (PE), conversou com Sarney na tarde desta terça. Segundo Virgílio, Guerra pediu a Sarney que se licenciasse da Casa durante o período das investigações. Sarney teria recusado o afastamento.
"Esta central de chantagem e intrigas que foi instalada no Senado precisa ser desmontada. Por isso o PSDB pede ao presidente Sarney, num gesto de grandeza, que se licencie da Casa. Pedimos o licenciamento. Não ainda a renúncia", discursou Virgílio.
Enfrentando forte pressão para se licenciar do cargo, Sarney chegou na Casa no final da tarde cercado por seguranças e sem dar declarações.
No momento em que Sarney chegou ao Senado, o presidente do PSDB, Sérgio Guerra (PE), o líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), e o líder do DEM, José Agripino Maia (RN), discutiam o futuro do presidente.
Além da decisão do DEM de apoiar a saída de Sarney, ainda que temporária, o PMDB também se reuniu na tarde desta terça para definir uma posição sobre o caso. Segundo Renan Calheiros, o senador Valdir Raupp (PMDB-RO) vai usar a tribuna para anunciar as medidas que serão adotadas pela bancada.
Já o PT, que marcou reunião para as 19h, ainda não definiu uma posição sobre o caso. Líderes do partido como a senadora Ideli Salvatti (PT-SC) já usaram a tribuna para defender individualmente Sarney. Mas a posição da bancada ainda será discutida.
O senador Tião Viana (PT-AC) acredita que a disputa entre os petistas favoráveis e contrários ao licenciamento de Sarney será apertada. "A bancada está dividida. Vai ser difícil", avalia Viana.
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