segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Amanhã é o Dia do Dentista

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Se o barulho da maquininha do dentista já amedronta alguns, imagine o que não sentiam os que, no tempo do Império, tinham a extração dentária feita com alavancas enferrujadas? Ainda bem que em 25 de outubro de 1884 D. Pedro II assinou o Decreto 9.311 e criou no Rio de Janeiro e na Bahia os primeiros cursos de graduação em Odontologia no Brasil. Ação que em 1976 serviu de base para o Conselho Federal de Odontologia publicar a Resolução 96, instituindo o dia de amanhã em homenagem aos cirurgiões-dentistas do país.








Com 202 instituições de ensino superior que oferecem o curso de Odontologia - segundo o Ministério da Educação - fica fácil compreender os mais de 50 mil profissionais em atividade que a Relação Anual de Informações Sociais (Rais), do Ministério do Trabalho e Emprego, registrou em 2006. Desse total a maior concentração está no Sudeste, com 26.754 dentistas. Posição compreensível, visto que os maiores contratantes do país são os estados de São Paulo (14.645), Minas Gerais (6.031) e Rio de Janeiro (4.754).






Já as regiões Nordeste e Sul tiveram números similares. Enquanto a primeira registrou 9.836 profissionais, a segunda apresentou 9.492 cirurgiões-dentistas. No Centro-Oeste são 2.714 em atividade e no Norte, 1.957 - número que contou com a participação expressiva do estado do Pará, o qual registrou 1.046 dentistas.






História - Desde que Pedro Álvares Cabral aportou no Brasil, em 1500, os colonos já realizavam extrações dentárias para findar com a dor dos dentes mal cuidados. Porém, as técnicas e materiais utilizados - os mais comuns eram as Chaves de Garangeot, alavancas e o Pelicano - eram rudimentares, e os procedimentos eram realizados sem qualquer higiene por barbeiros e sangradores. Anestesia nem pensar!






Com tantos riscos, os médicos e cirurgiões evitavam a arte por medo de provocarem hemorragias e infecções que pudessem resultar na morte dos pacientes. Apesar de o ofício ser passado sem qualquer teoria, era necessário que os barbeiros e sangradores tirassem uma licença especial conferida pelo "cirurgião-mor mestre Gil". Quem trabalhasse sem essa licença poderia ser multado e preso.






Aos que ainda hoje temem a ida ao dentista, que tal lembrar que em 1780 as obturações eram feitas de chumbo, sobre o tecido cariado e polpas afetadas - o que provocavam danos irreparáveis. Já as próteses dentárias eram esculpidas em osso ou marfim, e eram amarradas com fios aos dentes que haviam sobrado. Dentes humanos e de animais também eram aproveitados e, assim como na Europa, era utilizado um sistema de molas para prendê-los. Vale lembrar que é neste período que Joaquim José da Silva Xavier - ou Tiradentes como ficou mais conhecido na história nacional - exercia a profissão de dentista, sendo responsável além da extração, pela inserção de dentes esculpidos por ele.






Apenas em 1800 os procedimentos foram aperfeiçoados com a criação do "Plano de Exames" e, com a chegada da Família Real, o Brasil passou a receber profissionais qualificados de outros países. Porém, foi com a criação dos primeiros cursos de graduação em Odontologia, por meio do Decreto 9.311, que a ciência se fortaleceu e seguiu novos rumos no Brasil.






Tradições infantis - A troca de dentição está muito além do amadurecimento da criança. O misticismo e a curiosidade que envolve a situação ganha tradições especiais em vários países do mundo. Nos Estados Unidos, Canadá, Espanha, Portugal e Reino Unido, por exemplo, há o costume de colocar o dente que caiu embaixo do travesseiro durante a noite para que a Fada dos Dentes o leve e, em troca, deixe uma moeda ou um presente no local.






Já no Chile a troca é feita por um rato (Ratón Peres), enquanto no nordeste brasileiro a tradição é jogar o dente sobre o telhado das casas repetindo por três vezes "Mourão, Mourão, pegue esse dente podre e me dá outro são!". (Ascom/MTE)





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